quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Conquistar o mundo


Naqueles momentos sentia que um dia podia conquistar o mundo, guardava muito bem o monte de notas apertadinhas pelo elástico dentro do envelope e com ar seguro e confiante entrava no banco onde as deixaria depositadas. Cada passo, cada gesto, era pensado ao pormenor para que não ocorressem falhas, o objectivo era a perfeição, que levaria o meu pai ao contentamento pleno. Nada me fazia mais feliz do que o orgulho que o meu pai sentia de mim, mesmo sem o explicitar, eu sentia-o, o que me ajudava a crescer e a perder o medo do mundo.

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