
Quando nasci a minha avó paterna já tinha morrido, o meu pai tinha apenas catorze anos quando a mãe morreu de parto juntamente com o bebé. O meu pai era o segundo filho mais velho de seis e o mais próximo da mãe, era ele que a ajudava nas lides domésticas e com quem ela partilhava as suas inquietudes e a quem pedia conselhos, na ausência de um marido consumido pelo trabalho árduo de uma mina de volfrâmio e da lavra dos campos que nem sempre produziam o necessário para alimentar toda a família, por isso creio que terá sido muito difícil para ele aguentar aquela morte inesperada, tendo pouco tempo depois abandonado a casa paterna e partido para a grande cidade em busca de algo que preenchesse aquele espaço esvaziado que tanto doía, mal ele sabia que nunca iria ser capaz de o preencher, nem haveria mais ninguém que o fizesse da mesma forma que a minha avó.
Adelaide:
ResponderEliminarQue triste história esta... não só para o teu pai, que perdeu a mãe, mas também para ti, que nunca tiveste a oportunidade de a conhecer...
Eu conheci a minha avó, mas infelizmente faleceu ese ano, em Abril, pouco depois de ser enterrado o mau avô. É triste, mas tive o privilégio de a conhecer e já fiz uma homenagem a ela no blogue clube das mulheres beiras, que te convido, desde já a ler.
Mas não foi só por isso que vim aqui.
Vim para falar de coisas mais alegres. Hoje estou a dedicar um espaço, na adeia da minha vida, a todos os que quiseram marcar a sua presença, comentando, incluindo a Adelaide.
Quando puderes, passa por lá e diz o que achaste.
Bjs Susana
As pessoas entram e saem de nossas vidas mas sempre permanecem vivas nas nossas lembranças ou pelas heranças que deixam para nós em forma de sabedoria, mensagens e pelo que ensinaram para aqueles com que tiveram a alegria de conviver.
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