terça-feira, 12 de maio de 2009

Limites e Controle


Curiosamente, depois procuro nos meus parceiros este mesmo padrão de relacionamento, em que me possam proporcionar algo de não convencional, mas que seja algo que eu possa controlar, quando sinto que o risco é elevado recuo e passo a ditar as regras. Creio que de uma forma “soft” porque não tenho capacidade de chegar mesmo aos limites, ou melhor de assistir aos limites, deixa-me ansiosa, o que também acontecia no meu relacionamento familiar.

Escolho como parceiro P. que era um pseudo-hippie, pois nos anos oitenta já os hippies tinham passado de moda, mas sempre me senti atraída por essa época, gostava de a ter vivido – a contestação social, a transformação dos valores morais, a liberdade sexual, as drogas (não me atraiam muito porque tinha medo de não controlar os efeitos, tinha o exemplo da minha mãe). Passo a viver com P. uma vida mais ou menos próxima daquilo que eu considerava ser hippie, passo a vestir-me de forma diferente, envolvo-me em movimentos políticos radicais de forma ingénua porque não sabia nada de política para o acompanhar, passo a viajar à boleia de mochila às costas, durmo ao relento, era tudo possível com alguns limites, não me magoar.

Os meus pais falavam do futuro, da importância de ganhar dinheiro, as amigas falavam de ter um espaço próprio, sair de casa dos pais, arranjavam namorados que eu não entendia porque eram demasiado “direitinhos” para mim. Entretanto vou crescendo e as necessidades começam a mudar.

4 comentários:

  1. y fijate ahora arranjaste un marido direitinho...
    donde están los limites?

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  2. en la foto ya se te ven maneras rebeldes, la pierna encima de la silla,la mirada provocadora, tienes madera...

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  3. Digamos que tem umas coisas direitinhas e outras tortinhas porque se fossem todas direitinhas acho que não me interessaria.

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