quarta-feira, 13 de maio de 2009

Quinta da Mata


Cuidado com esse degrau… está um pouco desfeito, é de terra, tem que se arranjar. Corre uma brisa suave de fim de tarde e ouve-se um jorro de água que cai no tanque grande onde antes a minha bisavó lavava a roupa, água fresca e límpida que vem de uma nascente na montanha, que acredito seja ali próxima, mas quem sabe onde fica, o que se sabe é que é boa água, da que se bebe sem qualquer cautela, é pura e escorre pelo carreiro que a leva até aos pequenos campos que se distribuem por socalcos, que são as leiras como lhe chamava o meu avô aos pequenos campos de cultivo onde tudo se semeava e tudo nascia, desde batatas, milho, couves, cebolas, grelos, e muito mais, as separações destes pequenos campos era feita com videiras donde nasciam umas uvas negras pequeninas com as quais o meu avô fazia vinho, era o vinho da Mata. Mais acima das leiras cultivadas encontrava-se o monte, onde se encontravam muitas árvores de grandezas variadas, para além de algumas darem frutos tão abundantes em número como no seu tamanho que exigiam que fossem devorados.

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