quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A olhar o infinito


Tinha combinado ir passar o dia ao Mindelo a casa de uma amiga. Apesar de ainda estarmos na primavera os dias já eram quentes, passaríamos o dia na piscina. Encontro marcado com a Paula no apeadeiro da avenida da França às onze da manhã. Precisava de algum dinheiro para as deslocações e talvez ir ao café, portanto, decidi primeiro passar por casa da minha madrinha a fazer-lhe uma visita já que a sua casa não ficava distante da avenida da França e também porque sempre que a visitava ela dava-me algum dinheiro ficando desta forma resolvido o problema do dinheiro.


Assim que cheguei a casa da Bibi, reparei que algo não estava bem, encontrei-a apática, sentada numa cadeira a olhar o infinito, não me falava e praticamente não respondia às minhas perguntas e não me disse para lhe chegar o porta-moedas como era habitual. O tempo passava, tinha que ir ter com a Paula ao apeadeiro para apanharmos o comboio para o Mindelo, mas ao mesmo tempo achava que tinha que fazer qualquer coisa pela Bibi e a única coisa que poderia fazer era ficar com ela e telefonar aos meus pais para que a fossem buscar para a levar ao médico. Não fui capaz de rejeitar a ida ao Mindelo, à hora marcada estava no apeadeiro e passei o resto do dia na piscina sem que a imagem da Bibi a olhar o infinito me saísse da mente.

Sem comentários:

Enviar um comentário