sábado, 2 de maio de 2009

Arouca # 3


A seguir à ramada do lado direito havia um caminho de terra com umas pequenas escadas feitas na terra, que o meu avô arranjava sempre que os degraus deixavam de estar bem presentes. Era um caminho um pouco íngreme, que vinha dar a um outro caminho estreito que acompanhava o carreiro da rega, que só tinha água na altura da rega dos campos. Para não estragar o carreiro, o meu avô tinha feito uma pequena ponte com uma tábua de madeira, a água passava por baixo. Depois de passar esta ponte improvisada andava mais um pouco e ia dar a um local que eu tinha que ter uma atenção especial, até porque era sempre avisada de que não podia ir para esse sítio, era o tanque de água onde a minha avó lavava a roupa, era um tanque muito grande, parecia uma piscina, nunca percebi muito bem donde vinha a água, não havia qualquer torneira, era mais uma dessas coisas inventadas pelo meu avô que fazia com que a água da mina viesse ter ao tanque. Aqui eu andava sempre com atenção redobrada, não podia haver qualquer deslize, eu sabia que era perigoso.

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