segunda-feira, 27 de abril de 2009

Primeira Comunhão


Aos 6 anos, quando entrei para a escola os meus pais inscreveram-me na catequese que era como uma aula, mas mais curtinha, com cerca de uma hora que era dada na igreja em vez de ser na escola aos sábados ou domingos de manhã. Eu gostava muito da escola, da minha professora, a Dona Gonçalina, e das minhas colegas, da minha carteira na minha sala onde aprendia coisas que me fascinavam. Na catequese era tudo diferente, as colegas eram outras, a catequista não era professora e falava de coisas que eu não percebia muito bem, falava dos pecados e perguntava-me se eu fazia pecados. Mas o que queria ela dizer com aquilo? Eu não gostava daquelas perguntas porque não tinha resposta. Sentia-me desconfortável na catequese, se os meus pais não me tivessem obrigado a ir eu teria desistido e nunca teria feito a primeira comunhão. A repressão estava sempre presente, parecia que tudo o que se fazia tinha primeiro que passar por um filtro, nada podia ser espontâneo pois antes tinha que se analisar se era ou não pecado. Eu necessitava de ser livre e não iria ser o pecado que me impediria. Lá fiz a primeira comunhão contra gosto, mas também nunca mais me apanharam na catequese.

2 comentários:

  1. QUÉ NIÑA TAN BONITA!
    SUERTE CON EL BLOG, ESPERO QUE LO DISFRUTES.
    AHORA QUE ERES BLOGGER PODRIAS COMENTAR EN MI BLOG.
    BESOS DESDE BILBAO

    ResponderEliminar
  2. Obrigada Maria. A verdade é que sou muito indisciplinada nos comentários, mas vou tentar corrigir esta falha agora que sou blogger.
    Beijinhos

    ResponderEliminar