quarta-feira, 15 de julho de 2009

Descoberta de verão


Os anos foram passando, o meu corpo estava a sofrer transformações que eu tinha vergonha de assumir com a mesma rapidez com que aconteciam, o meu pensamento vagueava por interesses distintos e os rapazes passavam a atraírem-me de uma forma desconhecida, ao mesmo tempo que aumentava o meu desinteresse pelo mosteiro de Arouca e as longas tardes de verão passadas no rio Paiva. Contudo, continuava a ter que acompanhar os meus pais nas suas viagens à aldeia, apesar de não me apetecer, até que num dos piqueniques familiares na serra da Freita deparei-me com um belo rapaz que se banhava nas águas límpidas do rio que por lá passava e tendo ele notado que eu não pertencia àquelas paragens aproximou-se de mim e perguntou-me donde vinha e o que ali fazia, ao que eu respondi entusiasticamente e no final da nossa longa conversa ficou a vontade do reencontro não combinado mas que acabou por ocorrer umas horas depois, numa noite quente de verão nos bancos da praça principal da vila mesmo em frente à confeitaria Arca Doce.

4 comentários:

  1. É muito engraçado verificar que surpresas agradáveis nos acontecem quando menos as esperamos... tu não gostavas de ir com os teus pais passear, no entanto, numa dessas " idas " apareceu-te um belo rapaz, trocaram algumas palavras e combinaram um encontro. C'est la vie!

    Bjs

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  2. Não combinaram um encontro, mas foi como se tivessem combinado... quando o desejo é grande as palavras são desnecessárias....hehehehe

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  3. Fogo...q será feito do Aguiar??????

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  4. Sabes João, se calhar não combinamos encontro porque não sabiamos muito bem como o fazer, a timidez e a ingenuidade impunham-se. Não sabia muito bem como reagir nestas situações, a incerteza pairava dentro de mim. Com o passar dos anos fui treinando estratégias que foram funcionando mais ou menos, contudo, continuo a gostar de me sentir tímida e deixar as coisas incompletas.
    Talvez aconteçam sem palavras... talvez...

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